domingo, 31 de outubro de 2010

A coragem das opiniões

A coragem das opiniões sempre mereceu a consideração dos homens, porque é prova de dignidade enfrentar os perigos, as perseguições, as discussões, e até mesmo os simples sarcasmos, aos quais sempre se expõe aquele que não teme confessar abertamente idéias que não são admitidas por todos. Nisto, como em tudo, o mérito está na razão das circunstâncias, e dos resultados que podem advir. Há sempre fraqueza em recuar diante das conseqüências da sustentação das opiniões, mas há casos em que isso equivale a uma covardia tão grande como a de fugir no momento do combate. (...)”

(KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIV,
item 15. Tradutor J. Herculano Pires. Ed. EME)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sobre a ideia que fazemos de Deus

Sobre a idéia que fazemos de Deus...

Imanente e transcendente,
Deus em tudo se revela:
É o amor onipresente
Na natura e fora dela.
(Aureci)

Tomemos consciência de que, embora o nosso atual estágio evolutivo não nos permita entender com clareza o que Deus é, nós já podemos imaginar algo do que Ele não pode deixar de ser.

Pessoalmente, penso que Deus é o moto-perpétuo do Universo, o autor da vida, o criador incriado. Creio que, em seu amor sem limites, Deus se faz imanente em todos os seres da Criação, “desde a mônada até o arcanjo”, manifestando-se na voz silenciosa da consciência, voz que se intensifica à medida que nossos níveis conscienciais se expandem ao influxo da lei da evolução por Ele estatuída.

Todavia a idéia que fazemos da Divindade não passa de uma criação subjetiva nossa. E isto independe da nossa vontade, porquanto ao analisarmos, na intimidade da nossa câmara mental, qualquer idéia ou sentimento, estaremos, inevitavelmente, “pintando” uma tela com as “cores” disponíveis nos escaninhos da nossa estrutura psíquica construída ao longo das múltiplas e sucessivas experiências vividas em nosso já extenso passado espiritual.

Informa a doutrina espírita que "Deus é a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas". Tal "definição" do indefinível é uma clara tentativa de desantropomorfizar a idéia que fazemos da Divindade, de levar-nos a entender que o Criador não é aquele super-homem criado por nós à nossa imagem e semelhança.

Quanto à existência de Deus, entendemos que pode ser deduzida ao buscarmos o elemento causal da vastidão infinita do cosmo, ou quando nos perguntamos sobre a origem da Vida. Como disse Einstein, "Deus é a lei e o legislador do Universo".

Muita descrença advém do acanhamento das doutrinas que apresentam um deus temível, faccioso, injusto, que quer ser bajulado como se fosse um tirano vaidoso e cruel. Este deus impiedoso, que pode condenar suas criaturas a penas infernais e eternas, é fruto da imaginação de mentes dogmáticas, sectárias ou mal-intencionadas, que se projetam numa imagem distorcida e caricatural do Criador.

Por ora, fiquemos com o Deus misericordioso e bom de que nos fala Jesus, segurando-nos “nas mãos carinhosas do Pai nosso que está nos Céus”, tal como recomendado na sábia metáfora do meigo profeta da Galiléia.

Todavia, mais de dois milênios após termos sido visitados pelo Excelso Mestre, podemos hoje guardar conosco a certeza de que Deus, em sua perfeição absoluta, transcende a toda e qualquer concepção humana e é muito mais e melhor do que podemos conceber ou imaginar.
Aureci Figueiredo Martins – aureci@globo.com

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A Vida Humana Começa na Concepção

Texto de Gerson Simões Monteiro* – Rio/RJ

Todas as vezes que se discute o aborto, surge uma dúvida: quando começa a vida humana? Ora, se entendemos que o ser humano é o resultado da união da alma com o corpo, é claro que a vida humana começa na concepção, quando se verifica a união desses dois elementos. Este esclarecimento está na resposta dada pelos benfeitores espirituais à pergunta formulada por Allan Kardec sobre o assunto, na questão 344 de O Livro dos Espíritos. Eles afirmam também que essa união só se completa por ocasião do nascimento da criança.

Na resposta, os Benfeitores esclareceram ainda que, desde o instante da concepção, o espírito designado para habitar o corpo a este se liga por um laço fluídico, que é cada vez mais apertado até o instante em que a criança vê a luz. Esse é o principal motivo pelo qual os espíritas rejeitam o aborto em qualquer período da gestação, mesmo através da pílula do dia seguinte ou de outros métodos, pois a alma já está unida ao embrião.

Diante disso se pode determinar o ponto em que se pode dizer que, no embrião, há vida humana. É claro que o assunto, estudado apenas sob o ponto de vista biológico, não tem solução, porque o ser humano não é só corpo físico. Ele, antes de tudo, é uma alma que possui um corpo, e é na alma que se localizam as suas faculdades morais e intelectuais.

O segundo motivo pelo qual os espíritas não admitem o aborto é o fato de que o espírito já existe antes de habitar o corpo e preside a sua formação. A comprovação científica disso foi obtida por um psicólogo durante a regressão de memória realizada em um jovem que se tornava agressivo com os pais, considerando-se rejeitado por eles. No transe, o jovem revelou que, quando estava sendo gerado na barriga da mãe, ouvia os pais decidirem matá-lo.

Justamente quando se dirigia a uma clínica para abortá-lo, sua mãe sofreu um acidente de carro e quebrou o fêmur, ficando, assim, impedida de realizar o aborto. Ao serem indagados pelo psicólogo, os pais confirmaram a autenticidade dos fatos descritos pelo filho em transe. Esse caso está no capítulo que trata dos abortos espontâneos provocados mentalmente pela mãe, do livro Gestação, Sublime Intercâmbio, de autoria do Dr. Ricardo Di Bernardi.

Sugestões de Leitura:
- Questões 357 a 360 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Ed. FEB;
- Livro Gestação, Sublime Intercâmbio de Ricardo Di Bernardi, Ed. Universalista.

* Gerson é escritor e orador espírita, vice-presidente da Rádio Rio de Janeiro (AM-1400), economista e prof. universitário. Este texto foi copiado do 5º capítulo do livro “Aprender Mais com o Espiritismo”, Ed. Mauad.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dia da Criança

Mensagem da Criança

Dizes que sou o futuro.
Não me desampares no presente.
Dizes que sou a esperança da paz.
Não me induzas à guerra.
Dizes que sou a promessa do bem.
Não me confies ao mal.
Dizes que sou a luz dos teus olhos.
Não me abandones às trevas.
Não espero somente o teu pão.
Dá-me luz e entendimento.
Não desejo tão só a festa de teu carinho.
Suplico-te amor com que me eduques.
Não te rogo apenas brinquedos.
Peço-te bons exemplos e boas palavras.
Não sou simples ornamento de teu caminho.
Sou alguém que bate à porta em nome de Deus.
Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.
Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo...
Ajuda-me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.

(Poema ditado pelo espírito da professora Meimei, livro Antologia da criança, psicografado por Chico Xavier)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010