segunda-feira, 22 de abril de 2013

César Lombroso e o Espiritismo (Domerio de Oliveira)


Para Lombroso os delinquentes eram criaturas portadoras de anomalias físicas e morais e que deveriam ser tomados como ponto de partida para as análises de suas personalidades, dando estrutura a uma nova Ciência Penal. Após demorados e pacientes estudos, após colher centenas de casos abonadores de suas idéias, com o livro - “L’uomo Delinquente”, Lombroso deu um forte impulso ao Direito Penal, mostrando que o “criminoso é um doente e absurdo seria puni-lo. Deve, portanto, o criminoso receber adequado tratamento e ser posto simplesmente na impossibilidade de causar dano”.
Lombroso apresentou uma solução simples e cristã para se recuperar o criminoso. O Professor Dr. Sérgio Sighele, referindo-se a Lombroso, disse: “que o criador da Antropologia Criminal fez pelos delinquentes o que Pinel, há mais de um século, fez pelos loucos; não apenas obra de ciência, mas principalmente obra de humanidade” (apud - “Hipnotismo e Mediunidade” - de C. Lombroso - 2.ª ed. - FEB).
Sim, meus amigos, Lombroso criou a Antropologia Criminal que deu nova fisionomia ao Direito Penal e transformou o conteúdo jurídico, social e biológico do delito. Muito teríamos que falar sobre Lombroso sob o aspecto científico, mas, neste comentário, nosso objetivo maior, por certo, é mostrarmos Lombroso diante da fenomenologia mediúnica. 
Sabemos que Lombroso nasceu em Verona, (Itália), no dia 6 de novembro de 1835. Foi de origem humilde e revelou-se sempre um excelente estudante. Desde os primeiros anos de Escolinha Primária até formar-se em Medicina, Lombroso revelou uma inteligência brilhantíssima. Tanto batalhou que, após sério concurso, conseguiu a cátedra de Antropologia Criminal na Universidade de Turim. 
Travou tremendas batalhas aos opositores das suas idéias, mas, nunca deu-se por vencido. Foi um Homem de coragem, Alta Moral e de Princípios Rígidos. Foi lenta e árdua, porém, contínua e segura, a marcha de Lombroso rumo ao Espiritismo. De início, ridicularizava as manifestações psíquicas. Motejava dos médiuns e das "mesas girantes”. Chegava mesmo a insultar os espíritas. 
Entretanto, certa feita, através de uma carta do seu amigo Ercole Chiaia, chegou ao seu conhecimento a figura de uma mulher Napolitana, analfabeta, de classe humilde, robusta e que se chamava EUSÁPIA PALADINO. 
Como céptico, Lombroso recusou-se a assistir sessões com a referida médium. Mas seu amigo Chiaia tanto insistiu que Lombroso fez absoluta questão de impor as condições. Os demais participantes das reuniões, inclusive a médium, aceitaram todas as condições impostas por Lombroso. Assim, na presença de Lombroso, sob fiscalização rigorosa, estando a Médium segura por duas pessoas, desenrolaram-se fenômenos de transportes de objetos, de materializações parciais, de tiptologia, (mensagem transcendental obtida por meio de pancadas), de vozes diretas e outros da mesma estirpe. 
Depois de tudo o que presenciou, induvidosamente, Lombroso rendeu-se à Verdade e confessou: 
“Estou muito envergonhado e desgostoso por haver combatido com tanta persistência a possibilidade dos fatos chamados espiríticos; mas os fatos existem e eu deles me orgulho de ser escravo”
    Os trabalhos de Lombroso com a Médium Eusápia Paladino foram se sucedendo e foram progredindo. Sob a ectoplasmia desprendida por Eusápia, Lombroso, sempre vigilante, obteve revelações maravilhosas. Aludidas revelações venceram a desconfiança científica de Lombroso e não deixaram também de iluminar a sua Consciência Moral. 
    Em uma determinada sessão, robusteceu-se, ainda mais, a plena convicção de Lombroso, ante a materialização do Espírito de sua mãe. A médium Eusápia prometera uma surpresa a Lombroso e esta concretizou-se através da materialização do Espírito da mãe dele. Sim, meus amigos, o Espírito da mãe de Lombroso materializou-se e aproximando do seu filho lhe disse: “Cesare, bambino mio” e depois retirando, por um momento, o véu que lhe cobria a face, deu-lhe um beijo. E Lombroso confessa que, no instante, em que ocorria a materialização do Espírito da sua mãe, Eusápia tinha as mãos presas por duas pessoas e que também a estatura de Eusápia era bem mais alta do que a do Espírito materializado da sua mãe. 
    Eis aí, meus amigos, a Verdade através de um depoimento de um Homem de Ciência, de um Sábio. Será que alguém poderá contestá-la, cremos que não...
     Lombroso desencarnou no dia 19 de outubro de 1909, em Turim, aos 74 anos de idade. Perante nossa Doutrina, sem dúvida, foi um pesquisador incansável, doando-nos um livro magnífico: “Hipnotismo e Mediunidade” do qual tiramos elementos para este nosso modesto trabalho. Perante a Disciplina que o levou à Cátedra é considerado, até hoje, um dos mais geniais e dos mais insignes Mestres Italianos. 
    Lombroso expirou serenamente nos braços de sua talentosa filha Drª Gina, que se referiu a esse momento final com essas palavras: “A sua Alma passou para o Infinito como um rio que, ao chegar à foz tranquila, se expande no mar...” 
(Domério de Oliveira, São Paulo/SP)
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Divaldo Franco em Santa Maria/RS (21/04/2013)

Paulo Salerno escreveu: 
Santa Maria, agradecida e reconhecendo o inestimável trabalho apresentado por esse orador e médium de escol, fez-se presente no Largo da Gare – Antiga estação Férrea -, na Av. Rio Branco, com um público estimado pela Guarda Municipal em dez mil pessoas. Após bela apresentação musical encetada pelo Grupo Arte Luz, o Vereador Paulo Airton Denardin entregou ao emérito tribuno espírita o título honorífico de Visitante Ilustre de Santa Maria. Presente o Prefeito Cezar Augusto Schirmer, acompanhado de alguns secretários e edis. O evento teve a cobertura da TV Câmara, da TV Pampa e da RBSTV, todas de Santa Maria.

 Divaldo falou da excelência do amor, tendo por modelo o Mestre Nazareno. Apresentou sob a ótica de estudiosos do comportamento da criatura humana as suas particularidades. Desenvolveu com sua costumeira verve os vários níveis por onde transita o ser humano. Destacou o trabalho laborioso, continuado, dos homens de ciência em busca da compreensão do Homem como ser integral, sua constituição genética.
  (Para ampliar, clique na imagem abaixo)
A vida, disse, está condicionada a variantes diversas, com causas remotas ou atuais, estando também sujeita à negligência do próprio homem. Divaldo deixou uma mensagem de esperança, de confiança em Deus e Suas sábias Leis, destacando a necessidade de não se lamentar, por muito tempo, pelas desencarnações acontecidas na Boate Kiss. Destacou que há a necessidade de se despertar para a misericórdia Divina, não cultivando a morte, mas a vida, lembrando, aqueles que aqui ficaram, dos momentos alegres, felizes, fazendo todo o bem possível, exercendo a solidariedade. Divaldo deixou uma exuberante mensagem de vida, de conforto espiritual. A multidão levantou-se e o aplaudiu entusiasticamente ao final de sua conferência. (Fotos: Jorge Moehlecke)

terça-feira, 9 de abril de 2013

Como Allan Kardec conceitua o Espiritismo

“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” (O que é o Espiritismo, Preâmbulo)
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“O Espiritismo é uma ciência de observação...” (O que é o Espiritismo, cap. I)
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“O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo invisível e as suas relações com o mundo visível.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 6)
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"Há duas coisas no Espiritismo: a parte experimental das manifestações e a doutrina filosófica." (O que é o Espiritismo, FEB, 17ª ed, p. 119)
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A força do Espiritismo "está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom-senso." (O Livro dos Espíritos, conclusão, item VI)
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"Este livro (...) foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, isenta dos preconceitos do espírito de sistema." (O Livro dos Espíritos, Prolegômenos)
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"A explicação dos fatos que o Espiritismo admite, de suas causas e conseqüências morais, forma toda uma ciência e toda uma filosofia, que reclamam estudo sério, perseverante e aprofundado.” (O Livro dos Médiuns, item 14, item 7º)

RELIGIÃO?
“Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com um rótulo sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral”. (Revista Espírita, dez/1868. Discurso de 01-11-1868 na SPES)
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"O Espiritismo é, antes de tudo, uma ciência e não se ocupa de questões dogmáticas. Esta ciência tem consequências morais, como todas as ciências filosóficas. (...) Seu verdadeiro caráter é, portanto, o de uma ciência e não o de uma religião”. (Allan Kardec, Terceiro Diálogo, no livro “O que é o Espiritismo”)
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“Quem primeiro proclamou que o Espiritismo era uma religião nova, com seu culto e seus sacerdotes, senão o clero? Onde se viu, até o presente, o culto e os sacerdotes do Espiritismo? Se algum dia ele se tornar uma religião, o clero é quem o terá provocado” (Revista Espírita, ed. Edicel, jul/1864, p. 198)

ESPIRITUALIDADE
"O Espiritismo caminha ao lado da ciência no campo da matéria: admite todas as verdades que a ciência comprova; mas não se detém onde ela para: prossegue nas suas pesquisas no campo da espiritualidade." (Obras Póstumas, I Parte "in fine")
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"A vaidade de certos homens, que crêem saber tudo e tudo querem explicar à sua maneira, dará origem a opiniões dissidentes, mas todos os que tiverem em vista o grande princípio de Jesus se confundirão no mesmo sentimento de amor ao bem e se unirão por um laço fraterno que envolverá o mundo inteiro; deixarão de lado as mesquinhas disputas de palavras para somente se ocuparem das coisas essenciais." (O Livro dos Espíritos,1857, Prolegômenos)