sábado, 24 de janeiro de 2015

SÍNTESE DA DOUTRINA ESPÍRITA

                                (por Iraci de Oliveira, Presidente do Instituto Espírita Terceira Revelação Divina)
 
 
Introdução.

          Se voltarmos algum tempo atrás, na aurora da humanidade, e lembrarmos da época em que nos reuníamos ao redor do fogo, em noites escuras, quem sabe ainda cobertos de pelos e rostos com traços de primata e, pensativos, observávamos a lenha sendo consumida, o dançar das labaredas do fogo e as centelhas subindo ao firmamento repleto de estrelas a brilhar e, de repente, em um relance, como um despertar, indagamos, de onde tudo vem, desde as árvores de onde colhemos a lenha para o fogo, ou aquele lobo solitário que nos observa, ou a coruja que distante pia, a terra, o vento, a chuva e estrelas no firmamento, enfim tudo que existe.

A seguir então percebemos que existimos olhando os companheiros ao redor e perguntamos: Quem somos? De onde viemos?

E vendo a lenha a se consumir e as centelhas a subirem em direção aos céus, pensamos: E nós, para onde vamos? Como tudo isso surgiu? De onde tudo provém? Quem ou o que fez tudo isso?

 Ao que parece, essas perguntas devem ser as mais antigas que já fomos capazes de formular, como seres pensantes, conscientes do mundo que os cerca e com sentimentos de nós mesmos, perguntas essas que temos procurado responder ao longo da nossa  história, seja por meio da religião, da filosofia ou da ciência e que, mesmo em nossos dias, após milhares de anos da existência da Humanidade na Terra, ainda continuamos procurando respostas.

 
A Doutrina Espírita
 

A doutrina espírita, ou doutrina dos espíritos, como fonte de esclarecimento e sabedoria, apresenta preciosas respostas para nossas dúvidas, sejam do ponto de vista da filosofia, da ciência ou da religiosidade, a começar, pela beleza do raciocínio filosófico, contido em o Livro dos Espíritos, apresentando uma séria de perguntas e respostas, sobre questões existenciais, dentre tantas, questões sobre a existência de Deus, sobre os universos visíveis e invisíveis, os mundos e os seres que o habitam. O Espiritismo também, nos esclarecer sobre a existência da alma, dos seres corpóreos e incorpóreos e sobre a comunicabilidade entre essas duas dimensões em o Livro dos Médiuns e, do desenvolvimento dos sentimentos, da moralidade e da religiosidade, segundo a moral Cristã, conforme o Evangelho Segundo o Espiritismo. Além dessa tríade de obras, Alan Kardec também publicou as obras O Céu e o Inferno, A Gênese e O Que é o Espiritismo.

Segundo a Introdução do Livro dos Espíritos, para se designarem coisas novas são precisos termos novos. Assim o exige a clareza da linguagem, para evitar a confusão inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras. Os vocábulos: espiritual, espiritualista, espiritualismo têm acepção bem definida. Quem quer que acredite ter em si alguma coisa além da matéria é espiritualista. A Doutrina espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou, se quiserem, os espiritistas.

O Item VII da Introdução do Livro dos Espíritos contém uma breve um Resumo dos pontos mais importantes da doutrina espírita.

 Os seres que se comunicaram designam-se, a si mesmos, com o nome de Espíritos ou de Gênios, tendo pertencido, pelo menos alguns, a homens que viveram na Terra. Eles constituem o mundo espiritual, como nós constituímos, durante nossa vida, o mundo corporal.

Resumimos assim, em poucas palavras, os pontos mais importantes da Doutrina que eles nos transmitiram, a fim de respondermos mais facilmente a algumas objeções.

Deus:

A inteligência suprema causa primeira de todas as coisas.

 
          Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom.

Criou o universo, que compreende todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais.


Os Seres Materiais e Imateriais e os Mundos Material e Espiritual:

Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal; os seres imateriais, o mundo invisível ou espírita, ou seja, dos Espíritos.

O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistindo e sobrevivendo a tudo.

O mundo corporal é apenas secundário, poderia deixar de existir ou nunca ter existido, sem alterar a essência do mundo espírita.

Os Espíritos revestem temporariamente um corpo material perecível, cuja destruição pela morte lhes devolve a liberdade.

 

A Escolha da Espécie Humana para Encarnação dos Espíritos com Certo Grau de Evolução:

Entre as diferentes espécies de seres corporais, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que atingiram certo grau de desenvolvimento, o que lhe dá a superioridade moral e intelectual sobre os demais.

 A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório.

A Constituição do Homem: Corpo – Espírito - Perispírito:

Há três coisas no homem: 1ª) o corpo ou ser material semelhante ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2ª) a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3ª) o laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.

Assim, o homem tem duas naturezas: pelo corpo participa da natureza dos animais, dos quais tem os instintos; pela alma participa da natureza dos Espíritos.

O laço ou perispírito que une o corpo e o Espírito é uma espécie de envoltório semi material. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode tornar-se algumas vezes visível e mesmo tangível, como ocorre no fenômeno das aparições.

Espírito não é, portanto, um ser abstrato, indefinido, que somente o pensamento pode conceber; é um ser real, definido, que, em alguns casos, pode ser reconhecido, avaliado pelos sentidos da visão, da audição e do tato.

Classes dos Espíritos

Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais em poder, inteligência, saber e nem em moralidade. Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros por sua perfeição, seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela pureza de seus sentimentos e seu amor ao bem: são os anjos ou Espíritos puros. Os das outras classes não atingiram ainda essa perfeição; os das classes inferiores são inclinados à maioria das nossas paixões: ao ódio, à inveja, ao ciúme, ao orgulho, etc. Eles se satisfazem no mal; entre eles há os que não são nem muito bons nem muito maus, são mais trapaceiros e importunos do que maus, a malícia e a irresponsabilidade parecem ser sua diversão: são os Espíritos desajuizados ou levianos.

 
A Evolução dos Espíritos:
 
Os Espíritos não pertencem perpetuamente à mesma ordem. Todos melhoram ao passar pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse progresso ocorre pela encarnação, que é imposta a alguns como expiação15 e a outros como missão. A vida material é uma prova que devem suportar várias vezes, até que tenham atingido a perfeição absoluta. É uma espécie de exame severo ou de depuração, de onde saem mais ou menos purificados.

 
A Erraticidade:

Ao deixar o corpo, a alma retorna ao mundo dos Espíritos, de onde havia saído, para recomeçar uma nova existência material, depois de um período mais ou menos longo, durante o qual permanece no estado de Espírito errante.

A Reencarnação:

O Espírito deve passar por várias encarnações. Disso resulta que todos nós tivemos muitas existências e que ainda teremos outras que, aos poucos, nos aperfeiçoarão, seja na Terra, seja em outros mundos.

A encarnação dos Espíritos se dá sempre na espécie humana; seria um erro acreditar que a alma ou o Espírito pudesse encarnar no corpo de um animal*.

As diferentes existências corporais do Espírito são sempre progressivas e o Espírito nunca retrocede, mas o tempo necessário para progredir depende dos esforços de cada um para chegar à perfeição.

 
As Qualidades da Alma - Homem Bom Espírito Bom:

As qualidades da alma, isto é, as qualidades morais, são as do Espírito que está encarnado em nós; desse modo, o homem de bem é a encarnação do bom Espírito, e o homem perverso a de um Espírito impuro.

 
A Individualidade da Alma – Diferente do Panteísmo:

 A alma tinha sua individualidade antes de sua encarnação e a conserva depois que se separa do corpo.

Na sua reentrada no mundo dos Espíritos, a alma reencontra todos aqueles que conheceram na Terra e todas as suas existências anteriores desfilam na sua memória com a lembrança de todo o bem e de todo o mal que fez.

 
            A Influência da Matéria sobre os Espíritos Encarnados:

 O Espírito, quando encarnado, está sob a influência da matéria. O homem que supera essa influência pela elevação e pela depuração de sua alma aproxima-se dos bons Espíritos, com os quais estará um dia. Aquele que se deixa dominar pelas más paixões e coloca todas as alegrias da sua existência na satisfação dos apetites grosseiros se aproxima dos Espíritos impuros, porque nele predomina a natureza animal.
 

A Pluralidade dos Mundos Habitados:

 Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do universo.

Os Espíritos não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e localizada, estão por todos os lugares no espaço e ao nosso lado, vendo-nos numa presença contínua. É toda uma população invisível que se agita ao nosso redor.

 
A Influência dos Espíritos Sobre o Mundo Moral:

 Os Espíritos exercem sobre o mundo moral e o mundo físico uma ação incessante. Eles agem sobre a matéria e o pensamento e constituem uma das forças da natureza, causa determinante de uma multidão de fenômenos até agora inexplicável ou mal explicada e que apenas encontram esclarecimento racional no Espiritismo.

 
As Relações e Atração dos Espíritos:

As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem e estimulam para o bem, sustentando-nos nas provações da vida e ajudando-nos a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos sugestionam para o mal; é um prazer para eles nos ver fracassar e nos assemelharmos a eles.

 
A Comunicação com os Espíritos:

As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As comunicações ocultas ocorrem pela influência boa ou má que exercem sobre nós sem o sabermos; cabe ao nosso julgamento discernir as boas das más inspirações. As comunicações ostensivas ocorrem por meio da escrita, da palavra ou outras manifestações materiais, muitas vezes por médiuns que lhes servem de instrumento.

 
           Manifestação e Evocação dos Espíritos:

Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou por evocação. Podem-se evocar todos os Espíritos, tanto aqueles que animaram homens simples como os de personagens mais ilustres, qualquer que seja a época em que viveram os de nossos parentes, amigos ou inimigos, e com isso obter, por meio das comunicações escritas ou verbais, conselhos, ensinamentos sobre sua situação depois da morte, seus pensamentos a nosso respeito, assim como as revelações que lhes são permitidas nos fazer.


A Atração dos Espíritos por Simpatia:

Os Espíritos são atraídos em razão de sua simpatia pela natureza moral do ambiente em que são evocados. Os Espíritos superiores se satisfazem com reuniões sérias em que dominam o amor pelo bem e o desejo sincero de receber instrução e aperfeiçoamento. A sua presença afasta os Espíritos inferiores que, caso contrário, encontrariam aí livre acesso e poderiam agir com toda a liberdade entre as pessoas levianas ou guiadas somente pela curiosidade. Em todos os lugares onde se encontram maus instintos, longe de obter bons conselhos, ensinamentos úteis, devem-se esperar apenas futilidades, mentiras, gracejos de mau gosto ou mistificações, visto que, frequentemente, eles tomam emprestado nomes veneráveis para melhor induzir ao erro.

Distinções entre os Bons e Maus Espíritos:

Distinguir os bons dos maus Espíritos é extremamente fácil. A linguagem dos Espíritos superiores é constantemente digna, nobre, repleta da mais alta moralidade, livre de toda paixão inferior; seus conselhos exaltam a sabedoria mais pura e sempre têm por objetivo nosso aperfeiçoamento e o bem da humanidade. A linguagem dos Espíritos inferiores, ao contrário, é inconsequente, muitas vezes banal e até mesmo grosseira; se por vezes dizem coisas boas e verdadeiras, dizem na maioria das vezes coisas falsas e absurdas por malícia ou por ignorância. Zombam da credulidade e se divertem à custa daqueles que os interrogam ao incentivar a vaidade, alimentando seus desejos com falsas esperanças. Em resumo, as comunicações sérias, no verdadeiro sentido da palavra, apenas acontecem nos centros sérios, cujos membros estão unidos por uma íntima comunhão de pensamentos, visando ao bem.

 A Moral dos Espíritos Superiores semelhantes a do Cristo: A LEI DE RECIPROCIDADE:

 A moral dos Espíritos superiores se resume, como a de Cristo, neste ensinamento evangélico: ‘Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem’, ou seja, fazer o bem e não o mal. O homem encontra neste princípio a regra universal de conduta, mesmo para as suas menores ações.

Eles nos ensinam que o egoísmo, o orgulho e a sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria; que o homem que se desliga da matéria já neste mundo, desprezando as futilidades mundanas e amando o próximo, se aproxima da natureza espiritual; que cada um de nós deve se tornar útil segundo as capacidades e o meio que Deus nos colocou nas mãos para nos provar; que o forte e o poderoso devem apoio e proteção ao fraco, pois aquele que abusa de sua força e de seu poder para oprimir seu semelhante transgride a Lei de Deus. Enfim, ensinam que no mundo dos Espíritos nada pode ser escondido, o hipócrita será desmascarado e todas as suas baixezas descobertas; que a presença inevitável, em todos os instantes, daqueles com quem agimos mal é um dos castigos que nos estão reservados; que ao estado de inferioridade e de superioridade dos Espíritos equivalem punições e prazeres que desconhecemos na Terra.

Mas também nos ensinam que não há faltas imperdoáveis que não possam ser apagadas pela expiação. Pela reencarnação, nas sucessivas existências, mediante os seus esforços e desejos de melhoria no caminho do progresso, o homem avança sempre e alcança a perfeição, que é a sua destinação final.

 
Conclusão

 O Espiritismo não tem como princípio ser um norteador de condutas à maneira dos antigos códices. O Espiritismo deixa claro que temos o livre-arbítrio, que tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém, que toda ação gera uma reação.

Em nossos dias ainda perduram muitas injustiças e violência em decorrência das imperfeições humanas, mas acreditamos que o dia em que humanidade compreender o significado das leis de reciprocidade, de causa e efeito e do amor ao próximo entenderá que, para ser respeitado é preciso antes respeitar e para viver a paz é preciso antes promover a paz e que atitudes sarcásticas ou irônicas são atitudes provocativas e perigosas, especialmente, quando tocam nas crenças e valores das pessoas ou dos grupos sociais. Se não quisermos ser agredidos, não agridamos os outros, seja com palavras, gestos ou atitudes, pois violência gera violências e atos extremos conduzem a atos extremos, o que é lamentável. Então, se queremos um mundo de paz, tratemos os outros como gostaríamos de sermos tratados, assim como ensina a moral do Cristo e a nossa Doutrina Espírita ou a Terceira Revelação Divina.

 Bibliografia: O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O PODER DA VONTADE

Autor: Léon Denis
Do Livro: O problema do ser, do destino e da dor


 Querer é poder! O poder da vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei divina. E é nisso que se verifica a palavra celeste: “A fé transporta montanhas.”


Não é consolador e belo poder dizer: “Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade e agora conheço a grandeza e a força que há em mim. Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus irmãos do espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; desapegar-me- ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o vôo para os mundos felizes!”


Vejo claramente o caminho que se desenrola e que tenho de percorrer. Esse caminho atravessa a extensão ilimitada e não tem fim; mas, para guiar-me na estrada infinita, tenho um guia seguro – a compreensão da lei de vida, progresso e amor que rege todas as coisas; aprendi a conhecer-me, a crer em mim e em Deus. Possuo, pois, a chave de toda elevação e, na vida imensa que tenho diante de mim, conservar-me-ei firme, inabalável na vontade de enobrecer-me e elevar-me, cada vez mais; atrairei, com o auxílio de minha inteligência, que é filha de Deus, todas as riquezas morais e participarei de todas as maravilhas do Cosmo.


Minha vontade chama-me: “Para frente, sempre para frente, cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina!” E com ela conquistarei a plenitude da existência, construirei para mim uma personalidade melhor, mais radiosa e amante. Saí para sempre do estado inferior do ser ignorante, inconsciente de seu valor e poder; afirmo-me na independência e dignidade de minha consciência e estendo a mão a todos os meus irmãos, dizendo- lhes:


Despertai de vosso pesado sono; rasgai o véu material que vos envolve, aprendei a conhecer-vos, a conhecer as potências de vossa alma e a utilizá-las. Todas as vozes da Natureza, todas as vozes do espaço vos bradam: “Levantai-vos e marchai! Apressai- vos para a conquista de vossos destinos!”


A todos vós que vergais ao peso da vida, que, julgando-vos sós e fracos, vos entregais à tristeza, ao desespero, ou que aspirais ao nada, venho dizer: “O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.”


A vós todos, que vos credes gastos pelos sofrimentos e decepções, pobres seres aflitos, corações que o vento áspero das provações secou; Espíritos esmagados, dilacerados pela roda de ferro da adversidade, venho dizer-vos:


“Não há alma que não possa renascer, fazendo brotar novas florescências. Basta-vos querer para sentirdes o despertar em vós de forças desconhecidas. Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus, Sol dos sóis, foco imenso, do qual brilha em vós uma centelha, que se pode converter em chama ardente e generosa!


“Sabei que todo homem pode ser bom e feliz; para vir a sê-lo basta que o queira com energia e constância. A concepção mental do ser, elaborada na obscuridade das existências dolorosas, preparada pela vagarosa evolução das idades, expandir-se-á à luz das vidas superiores e todos conquistarão a magnífica individualidade que lhes está reservada.


“Dirigi incessantemente vosso pensamento para esta verdade: podeis vir a ser o que quiserdes. E sabei querer ser cada vez maiores e melhores. Tal é a noção do progresso eterno e o meio de realizá-lo; tal é o segredo da força mental, da qual emanam todas as forças magnéticas e físicas. Quando tiverdes conquistado esse domínio sobre vós mesmos, não mais tereis que temer os retardamentos nem as quedas, nem as doenças, nem a morte; tereis feito de vosso “eu” inferior e frágil uma alta e poderosa individualidade!”


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Menino de 3 anos recorda vida passada...

Mais um caso entre tantos que confortam a tese reencarnacionista.
Um menino de 3 anos de idade, da região das Colinas de Golã, perto da fronteira entre a Síria e Israel, afirma que foi assassinado com um machado em sua vida passada. Ele mostrou para os adultos de sua aldeia o local onde o assassino enterrou seu corpo, e incrivelmente, eles encontraram o esqueleto de um homem lá. Ele também indicou aos adultos onde a arma do crime estava, e através de escavações, eles encontraram um machado no local.

Em seu livro, “Children Who Have Lived Before: Reincarnation Today” (Crianças que Viveram Antes: A Reencarnação Hoje), o terapeuta alemão Trutz Hardo conta a história deste menino, junto com outras histórias de crianças que aparentemente recordaram suas vidas passadas com precisão verificada. A história do menino foi testemunhada pelo Dr. Eli Lasch, que é conhecido por desenvolver um sistema médico de Gaza como parte de uma operação do governo israelense na década de 1960. O Dr. Lasch, que morreu em 2009, relatou a surpreendente história para o Sr. Hardo.
O menino pertence à etnia drusa, e em sua cultura, a existência da reencarnação é aceita como fato. Sua história, no entanto, teve o poder de surpreender sua comunidade.
Ele nasceu com uma longa e vermelha marca na cabeça. Os drusos acreditam, assim como algumas outras culturas, que marcas de nascença estão relacionadas com a morte em vidas passadas. Quando o menino tinha idade suficiente para falar, ele relatou à sua família que havia sido assassinado com um golpe de machado na cabeça.
É um costume os adultos levarem as crianças, com 3 anos, para a casa de sua vida anterior, caso a criança recorde o local. O menino sabia em qual aldeia ele havia morado, deste modo eles foram até lá. Ao chegarem à aldeia, o garoto lembrou qual era seu nome em sua vida passada.
Os moradores do vilarejo disseram que o homem que o menino afirmava ser a sua reencarnação tinha sido dado como desaparecido quatro anos antes. Os amigos e família pensavam que ele poderia ter se perdido no território hostil das proximidades, como era costumeiro acontecer.
O menino também lembrou o nome completo do seu assassino. Quando confrontado com as alegações, o rosto do suposto assassino ficou branco, segundo Lasch, no entanto, ele não confessou o assassinato. O menino então disse que poderia levar os adultos ao local onde o corpo foi enterrado. No local, eles encontraram o esqueleto de um homem que possuía um ferimento na cabeça, que correspondia à marca de nascença do garoto. Eles também encontraram o machado, a arma do crime.
Diante desta evidência, o assassino admitiu o crime. Dr. Lasch, o único não pertencente à etnia druso, esteve presente ao longo de todo o processo.
Para conhecer mais histórias como esta, leia o trabalho do Sr. Hardo, “Children Who Have Lived Before” (As Crianças que Viveram Antes).