A paz é uma conquista individual. Ela se aninha tão-somente nos corações que fizeram por merecê-la em testemunhos de fidelidade à voz silenciosa da consciência, na qual estão impressas as leis morais estabelecidas pelo Criador.
Sem paz, perdemos a alegria de viver, o sossego e a saúde. Além disso, quem não tem a paz em si não pode promover a paz alheia, o bem-estar social. Acaso pode alguém dar o que não tem?
Todavia, enquanto essa paz desejada não se instala definitivamente em nosso mundo íntimo, persistamos no seu cultivo na lavoura do amor ao próximo, pacientemente, adubando-a com a prece e protegendo-a com a vigilância.
Nos últimos tempos, consoante informações procedentes do plano espiritual, a psicosfera da Terra está seriamente contaminada pelas emissões mentais desequilibradas de seus habitantes. Escurecendo a atmosfera da nossa morada cósmica, há uma densa bruma constituída por matéria mental de baixo teor vibratório, gerada pelos pensamentos e sentimentos antifraternos e viciosos alimentados por expressiva parcela da população humana.
É certo que a paz do mundo começa dentro de cada um nós. Por este motivo, impõe-se-nos gerar coletivamente uma idéia-força positiva, potente o suficiente para minimizar ou neutralizar os focos de egoísmo que alimentam essa poluição fomentadora de discórdias e conflitos fratricidas. E isto requer, de cada indivíduo, um esforço individual persistente na manutenção da serenidade interior, obtida pelo proceder afinado com a regra áurea assim expressa por Jesus: "Faze aos outros o que queres que te façam".
Certamente Gandhi tinha razão quando afirmou que a vibração fraternal de um único homem é o bastante para anular o ódio de milhões.
Portanto, fujamos à desarmonia interior, esforçando-nos por contribuir pessoalmente na despoluição psíquica da nossa escola planetária, vibrando em paz pela paz de todos.
Feliz Natal!
Aureci Figueiredo Martins - Porto Alegre/RS
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