Na segunda metade do séc. XIX, Kardec publica a codificação do Espiritismo, e vários cientistas foram desafiados a estudar os fenômenos mediúnicos e opinar sobre eles. Eis alguns:
Coube a William Crookes (1832-1919), o célebre físico inglês, chamar a atenção de toda a Europa racionalista para a realidade dos fatos espíritas. Muitos esperavam que, de suas investigações, viesse uma condenação irrevogável e humilhante, mas o veredicto do iminente sábio foi favorável. A cética Inglaterra se assustou com as certezas obtidas dentro do mais severo método científico e cercadas de extrema prudência, afinal, era preciso aceitá-las, uma vez que Crookes pesquisou com frieza, observou pacientemente, fotografou, provou, contraprovou e se rendeu.
Russel Wallace (1823-1913), físico naturalista considerado rival de Charles Darwin, confessou que "era um materialista tão convicto que não admitia absolutamente a existência do mundo espiritual". Disse ainda: "Os fatos , porém, são coisas pertinazes, eles me obrigam a aceitá-los como fatos".
Já Cromwel Varley (1828-1883), engenheiro descobridor do condensador elétrico, disse: "O ridículo que os espíritas têm sofrido não parte senão daqueles que não têm o interesse científico e a coragem de fazer algumas investigações antes de atacarem aquilo que ignoram".
Para Oliver Lodge (1851-1940), físico e membro da Academia Real, os cientistas não vieram "anunciar uma verdade extraordinária, nenhum novo meio de comunicação, apenas uma coleção de provas de identidade cuidadosamente colhidas". Lodge explica ainda o porquê de afirmar que as provas foram cuidadosamente colhidas, dizendo que "todos os estratagemas empregados para sua obtenção foram postos em prática e não fiquei com nenhuma dúvida da existência e sobrevivência da personalidade após a morte".
O professor de física William Barret (1845-1928) afirmou que a existência de um mundo espiritual, a sobrevivência após a morte e a comunicação dos que morreram são evidentes, "Dos que ridicularizavam o Espiritismo, ninguém lhe concedeu, que eu saiba, atenção refletida e paciente. Afirmo que toda pessoa de senso que consagrar o seu estudo prudente e imparcial tantos dias ou mesmo tantas horas, como muitos de nós têm consagrado anos, será constrangido a mudar de opinião", disse.
Fredrich Myers (1843-1901), da Sociedade Real de Londres, disse: “Pelas minhas experiências, convenci-me de que os pretendidos mortos podem se comunicar conosco e penso que, para o futuro, eles poderão fazê-lo de modo mais completo".
Já o italiano Ernesto Bozzano (1862-1943), que se dedicou por mais de 30 anos aos estudos psíquicos, afirmou, sem temer estar equivocado, "que fora da hipótese espírita, não existe nenhuma outra capaz de explicar os casos análogos ao que acabo de expor".