“A desigualdade das
riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se
considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por
que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito
simples: por não serem igualmente
inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para
conservar. É, aliás, ponto
matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um
daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição,
o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e
das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que
viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que
concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido
desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os
homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra e
certos pontos, é para que daí se expanda
em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades. (...)”
(Leia mais em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de
Allan Kardec, c. XVI, it. 8)